Há alguns dias vem sendo noticiada a privatização de vários aeroportos ao redor do país, dentre eles o aeroporto do Recife. O leilão ocorrerá, inclusive, no dia 15 de março. Enquanto isso, os deputados que compõem a Assembleia Legislativa do Estado correm contra o tempo, procurando alternativas para evitar este acontecimento.
A realidade que envolve a privatização de aeroportos não é nova. Guarulhos, Viracopos, Brasília e Natal passaram por esse processo. E, para eles, de acordo com matéria veiculada na Uol, os impactos foram positivos. Os benefícios citados por especialistas envolvem a maior rapidez nos trâmites de inspeção pela Polícia Federal, por exemplo, além de maior capacidade na operação dos aviões.
Isso dito, por que a notícia da privatização no caso de Recife é tão preocupante?
Alberto Feitosa, deputado estadual e ex-secretário de Turismo e ex-funcionário da Infraero destacou que o modelo de concessão pensado para o aeroporto estadual incluirá uma diminuição da pista de pouso atual de 3.007 metros para 2.479 metros. Com isso posto, verifica-se um obstáculo para a operação de aeronaves de grande porte e seu acesso ao aeroporto. Além disso, essa modificação também trará reflexos no Porto de Suape diminuindo a procura e movimentação de navios cargueiros pelo local.
Por fim, ressaltou a diferença entre as privatizações ocorridas nos aeroportos de Salvador e Fortaleza, por exemplo. Enquanto aqueles tiveram retorno de bilhões de reais, Recife receberá cerca de 838 milhões. Além disso, o procedimento ocorrerá unindo outros aeroportos do Nordeste, não gerando benefícios para Pernambuco.
Difícil saber, por ora, como tudo se sucederá. Mas visto por este plano, deve-se realmente estar alerta para essa grande mudança na locomoção aérea do Estado.
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