Olá todos e todas. Faz um tempo que escrevi aqui, eu sei. Honestamente, me sinto como uma testemunha de uma situação horrível, vendo altos volumes de atualização e más notícias em um curto espaço de tempo.
Quando escrevi em janeiro sobre o Coronavírus (na ocasião sequer tinha sido usado o nome Covid-19), sentia que a situação iria piorar. Afinal, era ocasião do ano novo chinês; evento que movimenta milhares de pessoas pelo continente asiático e outras partes do globo. Com o mundo extremamente globalizado em que vivemos, era apenas questão de tempo para o vírus vitimar pessoas na Europa e em outros continentes como a América do Sul.
O Brasil está vislumbrando um aumento exponencial no número de casos da doença e o fato de não sabermos o que pode acontecer gera medo e tensão. Com o ano de fato iniciado (porque por aqui o ano apenas se inicia após o Carnaval), todas as esferas de governo do país passaram a prestar muita atenção no Covid-19 e em como ele pode, de fato, contaminar cidadãos.
Por se tratar de uma doença de fácil contágio, decretos estão sendo publicados quase que diariamente para regular estabelecimentos que devem ser fechados durante esse período. Entretanto, até que ponto eles podem afetar o turismo nacional? Com o intuito de dar luz a esta pergunta, decidi escrever este breve artigo, elencando cinco medidas de estados diferentes da Federação para observarmos, na prática, como esses locais específicos estão sendo prejudicados e como essas medidas podem (ou não) ser copiadas por outros locais em um futuro próximo.
Para a redação deste texto, foi levado em conta o número de casos confirmados, a região que ela pertence e o impacto do turismo no local.
1. São Paulo
Fonte: Unsplash
Como estado com o maior número de casos confirmados até o momento (286), há maior expectativa com relação às medidas a serem tomadas.
Em 17 de março, a prefeitura da capital paulista decretou situação de emergência. Com essa medida, além de deliberações eminentemente administrativas, houve fechamento imediato de museus, bibliotecas, teatros e centros culturais que possam ensejar aglomeração de pessoas. Além disso, houve adiamento da Maratona de São Paulo para o dia 2 de novembro de 2020. Ela originalmente ocorreria em 5 de abril.
No âmbito da hospitalidade, iniciativas de desestimulo ao turismo estão sendo implantadas. As atividades hoteleiras estarão suspensas a partir do dia 23 de março e novos hóspedes estarão proibidos em hotéis, pousadas e estabelecimentos similares.
2. Rio de Janeiro
Fonte: Unsplash
Na "cidade maravilhosa" também houve declaração de situação de emergência. Além da suspensão de eventos esportivos e comícios também foram canceladas sessões de cinema, teatro e shows por 15 (quinze) dias.
No setor gastronômico, bares e restaurantes passarão por restrição de 30% na lotação clientes e no horário de funcionamento. O decreto não impede, entretanto, a retirada de alimentos no próprio estabelecimento. Caso o hotel ou pousada possua restaurantes e bares, que apenas os hóspedes possam usar seus serviços.
Por fim, no mesmo decreto, houve suspensão de voos vindos de estados e países com circulação confirmada do Coronavírus ou em estado de emergência. A mesma lógica se aplica à atracação de cruzeiros em território carioca.
Enquanto isso, foi publicada resolução conjunta das secretarias estaduais de saúde e turismo do estado determinando a comunicação de hóspedes com sintomas do Covid-19 à Secretaria de Saúde. Também recomendou-se o fechamento de áreas de convívio em hotéis e pousadas como piscinas, spas e saunas.
3. Recife
Fonte: Unsplash
Em Pernambuco, 28 casos foram confirmados pelo Ministério da Saúde. Tendo em vista a grande disseminação da doença, a prefeitura do Recife suspendeu atividades em espaços públicos de prática de exercícios físicos e bibliotecas.
Em 18 de março foi anunciado, também, o fechamento de shoppings salões de beleza e comércio de praia em todo o estado e valerá a partir do dia 21 de março. A regra também vale para restaurantes e lanchonetes, porém é possível seu funcionamento através de serviços de entrega em domicílio (delivery). Praias e parques podem ser usados apenas para práticas esportivas.
4. Florianópolis
Fonte: Unsplash
O Estado de Santa Catarina registrou até o momento o número de 20 casos do Covid-19, sendo 6 deles em Floripa.
O prefeito da cidade proibiu em 19 de março o acesso de banhistas às praias da cidade, bem como entrada de ônibus no local após casos envolvendo aglomerações serem relatados mesmo após decretação de situação de emergência. A proibição deve durar em torno de 7 (sete) dias.
Shoppings, academias, restaurantes e comércio em geral também estão fechados pelo mesmo período.
5. Belo Horizonte
Fonte: Unsplash
O prefeito de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, decretou estado de emergência na cidade que deve vigorar por 180 (cento e oitenta) dias.
Houve suspensão de entrada ao público em bibliotecas, auditórios, centros culturais, museus e outros locais de uso coletivo. Parques municipais foram fechados temporariamente até 3 de abril.
Serviços em restaurantes, lanchonetes, bares e casas de show também foram fechados. Contudo, poderão funcionar para consumo fora do estabelecimento e efetuar entregas em domicílio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário